sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

ACORDANDO CONSCIÊNCIAS - O Inter_Cine na Semana Da Consciência Negra

                
              O mês de Novembro encerrou com um balanço muito positivo pelo Cineclube Paraty: eventos em parceria (como a participação no Festival Internacional de Cinema de Paraty), a mostra sobre o Lars Von Trier, que apresentou os quatro últimos longas metragens do diretor, incluindo as polemicas Ninfomaníaca I e II, e um grande sucesso de público em todas as sessões.  A essa já rica programação juntou-se à última edição do Projeto Inter_CINE®.  O Cineclube Paraty, desde sempre interessado em levar à sala temas de atualidades e estimular o debate e confronto com os espectadores, não faltou ao seu compromisso no Dia da Consciência Negra.


                Essa data, tão importante para história do nosso país, não podia passar como um feriado qualquer, principalmente na cidade de Paraty,que antes de ser cidade turística, teve um papel importantíssimo na época da escravidão e foi testemunha da passagem de milhares de negros africanos trazidos para trabalhar nas minas de ouro. Eis porque esta data merecia uma atenção especial e tinha que ser um momento de reflexão sobre essa questão ainda bem presente no Brasil, como no resto do mundo.  O que melhor do que o cinema, para abrir a discussão e oferecer, através de longas metragens de grande qualidade, mais uma oportunidade de debate?

                O Cineclube Paraty decidiu dedicar não um dia, mas uma semana à Consciência Negra e aproveitou para promover a oitava e nona edições do projeto Inter_CINE®  - Encontro de Intercambio Cultural e Educacional através do Cinema, já tão bem recebido  pelo público nas passadas edições.

                Na quarta feira, 19 de Novembro, com a colaboração da Casa da Cultura, foi exibido o filme “Infância Roubada”, da Africa do Sul, ganhador do Oscar como Melhor Filme Estrangeiro em 2006. 


O filme retrata a história de um menino, de apelido Totsi, que numa noite, após sair ganhador de uma sangrenta briga de bar, rouba um carro. Enquanto acelera pela noite, ele ouve um barulho no banco de trás e acaba sofrendo um acidente. Na traseira do carro descobre um bebê. Sem saber o que fazer, leva-o para o gueto de Johanesburgo em que vive. Lá convencerá a jovem mãe Miriam a cuidar de "seu filho", numa relação que logo provocará mais confrontos. O filme é um excelente retrato da vida nas favelas em uma das maiores cidade  da África do Sul e das contradições entre a cidade moderna e rica, das elites tanto branca quanto negra, e do abandono que sofre a população negra dos guetos que com dignidade luta dia a dia contra a precariedade e a pobreza.

                As portas da Casa da Cultura abriram às 9 horas para receber os alunos do ensino médio do CEMBRA e do CEIP Brizolão 999, que lotaram a sala e assistiram ao filme. Logo depois do filme, o Diretor Geral do Cineclube Paraty, Danilo Medeji, chamou no palco os convidados dessa primeira sessão, o casal Augusto Menezes e Daniela Pavanato.








                Eles viajaram para África do Sul em 2013 com os seus dois filhos e tiveram a ocasião para contar essa maravilhosa experiência ao redor do país. Depois de ensinar aos estudantes duas das principais saudações em Zulu (umas das 11 línguas oficiais do país), mostraram fotos que ajudaram a descrever a viagem, durante a qual eles se aproximaram de aldeias indígenas e povoadas do interior, mais afastados das grandes cidades, entrando em contato com a cultura popular sul-africana, objetivo principal do seu roteiro. Já nessa primeira etapa eles perceberam a forte discrepância entre brancos ricos que falam inglês e negros pobres, mas também ressaltaram um aspecto bem presente no filme, a “decência” e dignidade do mais pobres, o extremo carinho com o qual foram recebidos e a ajuda que lhes deram nos momentos de dificuldades que atravessaram durante os trajetos nas precárias estradas do interior do país.




                 Eles se aproximaram também dos subúrbios de Johanesburgo, locação principal do filme e puderam ver como a divisão cor - classe social é ainda muito nítida na estrutura social e permeia todos os ambientes, assim como a colonização européia nas grandes cidades é muito gritante. Mesmo com a finalização do regime do Apartheid em 1991 e a chegada à presidência de Nelson Mandela em 1994, a discriminação contra a maioria negra é ainda uma realidade.



                Uma reflexão nesse sentido foi feita a propósito do Brasil e da necessidade de superar essas barreiras divisórias ainda em pé, reconhecer a matriz africana do nosso país a través das diferentes expressões culturais nele presentes. Foi uma ocasião para Augusto e Daniela promoverem também as atividades do Maracatu Palmeira Imperial, que há 7 anos em Paraty, oferece um lugar para qualquer pessoa quiser aprender a dançar ou tocar uns dos instrumentos típicos deste ritmo, originário do Nordeste do país, mais que claramente tem suas raízes mais profunda no continente africano.




                A segunda sessão da Semana da Consciência Negra foi realizada no domingo 23 de Novembro, pontual como de costumem às 19 horas na Casa da Cultura. Desta vez foi exibido um filme de produção norte-americana que foi muito estimulante pelo debate que seguiu.


                O filme “Histórias Cruzadas” (“The Help”) de 2012 se desenvolve em Jackson, pequena cidade no estado do Mississipi, nos anos 60. Skeeter é uma garota da sociedade que retorna determinada a se tornar escritora. Ela começa a entrevistar as mulheres negras da cidade, que deixaram suas vidas para trabalhar na criação dos filhos da elite branca, da qual a própria Skeeter faz parte. Aibileen Clark, a emprega da melhor amiga de Skeeter, é a primeira a conceder uma entrevista, o que desagrada à sociedade como um todo. Apesar das críticas, Skeeter e Aibileen continuam trabalhando juntas e, aos poucos, conseguem novas adesões.

                Um bom público acompanhou as quase 3 horas de visão e participou entusiasta ao bate-papo com a Luana Antunes Costa, professora de Literaturas e Culturas Africanas e Afro-brasileira, tradutora e colaboradora do Cineclube Paraty. A grande experiência da Luana em questões raciais, não somente em âmbito acadêmico, enriqueceu o debate sobre um aspecto muito interessante do filme, o clichê típico da questão racial nos Estados Unidos onde os brancos “salvam” os negros: cheia de bons sentimentos e porém apaixonante, a longa-metragem não quebra com essa construção ideológica.



                Luana, entrevistada pelo mediador e conselheiro do Cineclube Paraty, André Goés, respondeu às perguntas do público e imediatamente o enfoque da conversa foi para o Brasil e a situação racial que infelizmente ainda não tem muitos espaços de debate, embora o racismo seja diário e sistemático. Luana contou ao público algumas anedotas muito eficazes para entender o fenômeno, episódios que ela sofreu por ser negra e mulher, e mais uma vitima desse racismo “à brasileira”: um racismo velado onde o mesmo setor institucional toma conta de reproduzir um discurso racial, pois, ela reiterou, não tem já no Brasil um racismo pessoal, se não uma necessidade de enquadrar as pessoas pela cor da pele e de lá desencadear todos os preconceitos sociais que o acompanham, como por exemplo, negro igual à pobre.



                A participação do público, que elogiou repetidamente a iniciativa do Cineclube Paraty pedindo por mais momentos de encontro e debate desse tipo, confirmou mais uma vez que as sessões e as iniciativas a elas conectadas estão se afirmando na cidade como espaço pontual de intercâmbio, educação, cidadania e inclusão social e estão contribuindo para ampliar o panorama cultural da nossa cidade que às vezes resulta carente de eventos que abram a discussão aos seus cidadãos.




quarta-feira, 5 de novembro de 2014

AsSim fOi...

... a nossa participação no 5o. Festival Internacional de Cinema de Paraty.

Primeiro veio o convite da organização do festival para que elaborássemos a programação do último dia na Casa da Cultura. Aceitamos prontamente. Não deixa de ser um reconhecimento pelo nosso trabalho.  Próximo passo: mãos e cabeça à obra.

A ideia para a curadoria chegou rápido. Logo definimos que seriam três sessões, quando mostraríamos bons e novos filmes brasileiros. De preferência inéditos, pelo menos em Paraty, e com a presença de seus diretores. Depois de listarmos alguns títulos desejados para o evento, acionamos os contatos e disparamos as ligações telefônicas e o envio de correios eletrônicos. Muitos 'e-mails-convites' foram enviados mas vários deles, simplesmente não voltaram nem com o clássico "obrigado mas não vai dar". Desanimamos ? Claro que não.

MÃO NA LUVA

Eis o primeiro filme a ser definido, graças aos contatos feitos diretamente com os diretores, José Joffilly e Roberto Bomtempo, pela nossa companheira cineclubista Marta Viana. Prontamente eles autorizaram a exibição, enviaram-nos uma cópia e se mostraram interessados em estar presentes na sessão, mas não poderiam.
Apesar do clima estar muito convidativo à praia no horário da sessão, houve bom público presente. Ao final, Marta que é sobrinha-neta do dramaturgo Oduvaldo Viana Filho, autor da peça na qual o roteiro do filme se baseia, pôde conversar com o público. Contou-nos, por exemplo, que a peça foi escrita em 1968 e que teve várias montagens, todas após a morte do autor.
O público teve o privilégio de assistir a este filme em primeira mão, pois a data prevista para o lançamento em circuito comercial é 6 de novembro de 2014.


PRAIA DO FUTURO

Dirigido por Karim Ainouz, um dos diretores brasileiros mais importantes da retomada do cinema nacional, decidimos exibir este que é o seu último trabalho, lançado este ano em circuito comercial. Contamos com a ajuda da produção do festival que nos ajudou a conseguir a autorização e a cópia do filme.
Com Wagner Moura de protagonista, a presença de público muito bom estava garantida e confirmada.


3a. E POLÊMICA SESSÃO
Há tempos pensávamos em mostrar o(s) trabalho(s) do roteirista e diretor Newton Cannito nas sessões do Cineclube Paraty. O melhor momento chegou. Convite aceito, definimos o curta-metragem novo, escrito e dirigido pelo Newton: OS FORMIGAS. E também o longa ainda inédito, escrito e dirigido por ele e por Eduardo Benaim: SAÚDE S.A.  Tudo ia bem, desde vinte dias antes da data da exibição até três dias antes da mesma. Inclusive, estavam confirmadas as presenças dos dois diretores, assim como da protagonista do documentário, a mãe do Newton Cannito, Sra. Mary.
Porém, três dias antes da exibição, todos os envolvidos (Suzana Villas Boas, responsável pelo festival, a Casa da Cultura de Paraty e o Cineclube Paraty) recebem por e-mail a notificação do advogado Petrus Barreto, representando as empresas LM STEIN LTDA ME. e ORIGAMI CULTURAL E AUDIOVISUAL LTDA., coprodutoras do filme SAÚDE S.A., não autorizando a exibição do mesmo.
Não tendo outra opção, cancelamos a exibição do referido documentário e exibimos outro documentário dos mesmos diretores: VIOLÊNCIA S.A.
Ao final da sessão, houve bate-papo com os diretores e depoimento da Sra. Mary. Obviamente, o assunto da proibição da exibição do SAÚDE S.A. veio à tona. Newton e Eduardo puderem expor ao público presente os motivos de suas indignações, devidos à suspensão da exibição da obra por eles escrita e dirigida.
Como não estavam presentes os representantes das empresas coprodutoras acima citadas, não seria justo tomarmos partido aqui de nenhum dos lados. Mas, convidamos à todos para, quando possível, voltarem à Paraty, para exibirmos o filme e abrirmos ao debate. Isto sim seria justo para o nosso público que compareceu para assistir ao filme cancelado. E também fica aberto este canal - nosso blog - para todos exporem suas razões, caso desejem.
 
O que o Cineclube Paraty pode e deve fazer aqui é lamentar que uma obra audiovisual, até o presente momento, não cumpra seu principal objetivo - chegar ao público - mantendo-se, desta maneira, incompleto.  
 





domingo, 26 de outubro de 2014

7º EDICÃO DO INTER CINE NA CASA DA CULTURA - Loucos Pela Moda



No inicio da noite do último domingo o Cineclube Paraty, trouxe pela primeira vez ao palco da Casa da Cultua de Paraty, o Projeto INTER CINE, em sua 7ª edição, que teve como tema protagonista a MODA e o gênio do estilista Yves Saint Laurent. 


O projeto Inter Cine, foi realizado pelo Cineclube Paraty como proposta para dialogar com o público do Eco Festival que encerrou as atividades do evento nesse mesmo dia.

Logo depois da exibição do documentário “O Louco Amor de Yves Saint Laurent” no auditório da Casa da Cultura, iniciou-se um interessante bate-papo com o publico presente, mediado pelo Diretor Geral do Cineclube Danilo Medeji, com a participação especial da professora de História da Moda Ruth Joffily e do artista plástico e designer de moda Lauro Monteiro.






O objetivo principal do projeto Inter Cine, criado em 2013 pelo Cineclube Paraty, é promover o intercâmbio cultural e educacional por meio do cinema através da realização de um bate-papo ao final da sessão com convidados de diversas culturas ou áreas do conhecimento, que possam abordar o tema escolhido pela sua experiência, contribuindo assim para a compreensão dos vários assuntos representados através da linguagem cinematográfica.





As edições passadas possibilitaram o encontro entre os alunos e professores das escolas CIEP e CEMBRA com convidados de diferentes nacionalidades (Chile, Itália, Espanha entre outros) que contribuíram com o próprio testemunho e experiencia ao debate sobre os vários assuntos abordados nos filmes.
Desta vez, simultâneo ao Eco Festival, o tema escolhido foi a moda e um dos seus mais destacados representantes, que não por acaso foi o primeiro em levar à democratização das suas criações: o estilista francês Yves Saint Laurent.
O documentário retrata, através do relato do seu companheiro na vida e no trabalho Pierre Berger, a frenética vida do estilista desde os seus primeiros passos com Christian Dior nos anos cinquenta, até à invenção do prêt-à-porter e o auge das passarelas nas décadas sucessivas.






Durante o bate-papo após o filme, os dois convidados Ruth Joffily e Lauro Monteiro ficaram a disposição do público para compartilhar opiniões e pontos de vistas sobre o papel da moda na industria cultural e os valores que esta arte representou em varias épocas e sociedade.






O primeiro enfoque foi o diferencial do processo criativo do Yves Saint Laurent com respeito aos outros estilistas. A professora de Historia da Moda Ruth Joffily destacou como o YSL fez da moda uma arte democrática, querendo se inspirar à beleza das culturas, das pessoas e das obras de arte em todas as suas criações, e alcançou esse objetivo com a introdução do prêt-á-porter na moda francesa. Os convidados também aproveitaram para fazer um paralelo com a industria da moda brasileira, ainda simbolo de status social e de poder financeiro e não da celebração da beleza em sí.









A conversa, descontraída e cheia de anedotas, levou também a refletir sobre os padrões estabelecidos pela moda masculina e feminina, em particular o papel estético da mulher no nosso país e a necessidade de abandonar esse modelo único que exige à mulher comum ser sempre sexy e a imitar os exemplos que vem do outro lado do océano, desde sempre considerados melhores, em vez de investigar e encontrar a própria identidade de beleza, livre de condicionamentos externos.










Assim se concluiu mais um encontro enriquecedor e formativo na programação do Cineclube Paraty, que favoreceu a reflexão sobre um tema atual como a moda e as repercussões que ela tem no nosso dia a dia e ao mesmo tempo, comparar valores de diferentes culturas e países graças à preciosa contribuição de personalidades qualificadas e preparadas em tal âmbito.

Até à próxima edição do Inter Cine!





Mais informações sobre os convidados do Inter Cine-7º edição:


RUTH JOFFILY

Jornalista, professora e escritora. É autora dos livros “Marilia Valls: um trabalho sobre moda”, editora Salamandra, 1989; “Jornalismo e produção de moda”, editora Nova Fronteira, 1991; “Vista-se como você é, editora L&PM, 1997; “O Brasil tem estilo?, editora Senac/2000 e co-autora de “Produção de moda”, editora Senac,/2011. Coordenou a edição do livro “A história da Camiseta”, patrocinado pela Hering, com vários autores. Jornalista especializada em moda e em imprensa feminina, é mestre em Comunicação e Cultura, pela UFRJ, tendo trabalhado nas empresas Bloch Editores, Editora Abril, jornal O Globo e Folha de São Paulo.
Como professora, lecionou na Faculdade de Design em Moda da Universidade Candido Mendes e na Universidade Veiga de Almeida , onde criou e coordenou durante seis anos a pós-graduação em Produção de Moda, em parceria com o Instituto Zuzu Angel de Moda. Em 2012 e 2013 ministrou aulas de história da moda no Paraty Eco Fashion e realizou, também o workshop sobre o “olhar” no Centro de Capacitação Colibri.

Blog: http:// vistasecomovocee.com.br


LAURO MONTEIRO FILHO

Artista plástico e designer, tem sua formação em Estilismo e Design de Moda por meio do Stúdio Berçot - Marie Ruckie, tendo desenvolvido, por vários anos, coleções para as linhas spostswear /underwear para a marca Lupo S/A, chefiando o Departamento de Estilo, participando, inclusive do Comitê de Estilo do CIT/Casa Rhodia por vários anos. Desenvolve programas de cursos e oficinas para o Senac (Moda e Beleza) e Sesc (artes plásticas /visuais) em São Paulo.
Em Paraty, onde reside e tem seu atelier, tem realizado várias exposições no Brasil e exterior; trabalha em cursos de formação em Desgin de Moda, Desenho de Moda e Desenho Básico para o Paraty Eco Fashion, no Centro de Capacitação Colibri. Lauro faz parte do Conselho do Cineclube Paraty, onde foi anteriormente, diretor Administrativo e diretor Geral da Ong.


Blog: http://lauromonteirofilho.blogspot.com.br




DANILO MEDEJI (mediador)


E' atual Diretor-geral do Cineclube Paraty, eleito para gestão (2014-2016). É Cientista Social (PUC-SP), atua na cidade como Produtor Cultural, segue sua carreira de Professor de Sociologia (CIEP_Brizolão). Antes de instalar-se em Paraty, já realizava (desde 2007) vários Projetos na Área de Cinema & Educação em Escolas Públicas e Particulares de São Paulo e trabalhou entre 2009 e 2012 como Docente Coordenador da Área de Desenvolvimento Social do SENAC São Paulo, onde estudou Pós-graduação em Gestão Cultural.


terça-feira, 7 de outubro de 2014

CINECLUBE PARATY APRESENTA A MOSTRA "A MÚSICA NO CINEMA"

O Cineclube Paraty em parceria com o Iphan e a Casa da Cultura abriu no domingo 27 de setembro a mostra do mês de Outubro dedicada à Música no Cinema, com a projeção do longa "O SOLISTA(2009; EUA; Reino Unido; Drama; Biografia; Dir. Joe Wright;




A través de ficções e documentários são retratadas as biografias de músicos que contribuíram à historia desta arte, tanto no Brasil quanto no exterior. Entre eles o compositor Cartola, considerado um dos maiores sambista da história da música brasileira, e o pianista australiano David Helfgott: por sua interpretação em "Shine" (1996) Geoffrey Rush ganhou o Oscar como Melhor Ator.




A mostra quer ser uma homenagem aos gênios da primeira arte e não a caso acontece no mesmo mês do Festival de Música Instrumental MIMO, que terá lugar em Paraty entre os dias 10 e 12 de Outubro.


http://www.mimo.art.br/programacao/paraty

As projeções acontecerão todas as quarta-feiras às 19:30 no Espaço IPHAN e aos domingos às 19:00 na Casa da Cultura.

Excepcionalmente nesta quarta-feira 8 de Outubro, o documentário "Cartola-Música para os olhos" será exibido na Casa da Cultura às 19:30.

Confira aqui a programação completa da Mostra "A Música no Cinema"


27/09 - ABERTURA DA MOSTRA 

FILME: O SOLISTA

(2009; EUA; Reino Unido; Drama; Biografia; Dir. Joe Wright; Dur. 1h57min; 12 anos.)

Steve Lopez (Robert Downey Jr.) é um colunista famoso do Los Angeles Times e vive em busca de uma história incomum. Em um dia como outro qualquer, não exatamente em sua busca por uma matéria, ele ouve na rua uma música e descobre Nathaniel, tocando muito bem num violino de apenas duas cordas. Seu nome é Nathaniel Ayers (Jamie Foxx), um dos milhares de sem teto das ruas de Los Angeles, ex-músico que sofre de esquizofrenia, sonha em tocar num grande concerto e é um eterno apaixonado por Beethoven. Lopez prepara uma coluna sobre sua descoberta e recebe de um leitor, como doação, um instrumento para o músico. É o começo de uma amizade que poderá mudar para sempre suas vidas.


01/10 – FILME: TCHAIKOVSKY – DELÍRIO DE AMOR

(1970; Reino Unido; Drama; Biografia; Dir. Ken Russell; Dur. 123min; 16 anos.)

Paixão criativa, desejo sexual reprimido e muitos excessos surpreendentes dominam esta controversa cinebiografica do músico Pyotr Ilyich Tchaikovsky, dirigida Ken Russell.A obra segue o extravagante compositor - vivido por Richard Chamberlain - através de seu casamento com a luxuriosa Nina (Glenda Jackson) e sua conturbada relação amorosa com o Conde Anton Chiluvsky (Christopher Gable). O expectador ainda pode se deliciar com a belíssima trilha sonora executada pela Orquestra Sinfônica de Londres sob a direção de André Previn, realizando diversas obras de Tchaikovsky.


08/10 – FILME: CARTOLA – MÚSICA PARA OS OLHOS

(2007; Brasil; Documentário; Dir. Lírio Ferreira/Hilton Lacerda; 88min; 10 anos.)
 (Excepcionalmente o documentário será exibido na Casa da Cultura às 19:30)

Esta é a história de Angenor de Oliveira, mais conhecido como Cartola. Um dos mais importantes compositores da música brasileira de todos os tempos, Cartola é o autor de obras-primas como 'O Mundo é um Moinho', 'As Rosas Não Falam', entre outras. Os diretores Lírio Ferreira e Hilton Lacerda mostram a importância de Cartola para a música brasileira, traçando um emocionante painel do autêntico samba de origem e seus principais expoentes.




15/10 – FILME: TINA – A VERDADEIRA HISTÓRIA DE TINA TUNER

(1993; EUA; Drama; Biografia; Dir. Brian Gibson; 118min; 14 anos.)

A verdadeira história da lenda viva do rock´n roll, Tina Turner, com ANGELA BASSETT e LAURENCE FISHBURNE. Tina é Anna Mae Bullock, uma garota do interior com uma voz especial que se apaixona pelo carismático Ike Turner. Juntos, conquistam o sucesso no mundo da música. Mas quando perdem o controle de suas vidas, a volta à realidade provoca um choque inevitável. Do fundo do poço ao mais alto nível, Tina viveu, sobreviveu e triunfou. Cheio de energia e performances eletrizantes, um filme que vai fazer você cantar, dançar e aplaudir.




22/10 – FILME: NO DIRECTION HOME – BOB DYLAN

(2009; EUA; Documentário; Dir. Martin Scorsese; 113min; 14 anos.)

O prestigiado diretor Martin Scorsese, indicado  a vários Oscars®, já mostrou mais de uma vez ter intimidade com o rock. Agora ele aceita o desafio de desvendar um mito e traz a extraordinária trajetória de Bob Dylan, desde suas raízes no Minnesota, suas primeiras aparições nas cafeterias do Greenwich Village, até sua tumultuada ascensão ao estrelato em 1966. Vários depoimentos permeiam o documentário que traz algumas cenas raras, nunca vistas, tanto de apresentações ao vivo quanto de entrevistas, com o recluso astro. Imagens preciosas para qualquer fã de rock.

29/10 – FILME: SHINE – BRILHANTE

(1996; Austrália; Drama; BiOgrafia; Dir. Scott Hicks; 105min; 14 anos.)


Aclamado pela crítica mundial e vencedor de vários prêmios, incluindo o Oscar® de Melhor Ator para GEOFFREY RUSH, em 1996, SHINE - BRILHANTE é inspirado na história verídica de um menino prodígio australiano, David Helfgott (RUSH). Quando David é aceito numa prestigiada academia de música em Londres,ele sai de seu ambiente opressor e segue sua paixão pela música clássica. Mas, a rejeição de seu pai e a pressão para que domine com perfeição os concertos, o levam ao desequilíbrio mental. Somente o amor da única mulher que o compreende (LYNN REDGRAVE) pode ajudá-lo a se readaptar à sociedade e a compartilhar seu talento musical com o resto do mundo. Uma celebração do espírito humano e da força redentora do amor.




quarta-feira, 24 de setembro de 2014

CHÁ COM CINEMA: PRIMEIRA EXIBIÇÃO


" Chá com Cinema" é um programa que procura recuperar a alta estima do público da terceira idade, face ao  prestigio do cinema, principalmente das matinés, com filmes de qualidade, brasileiros ou estrangeiros dublados.







O projeto CHÁ COM CINEMA - uma parceria da Casa da Cultura de Paraty e do Cineclube Paraty entrou em ação nesta quarta-feira, 17/09/14,  as 15 horas,  com sucesso total da estréia deste programa que  é voltado à 3a idade, com exibição do filme "Chega de Saudade"(2009, BR, Dir. Laís Bodanzky. Com Tonia Carrero, Leonardo Villar, Stepan Nercessian, Betty Faria, Cassia Kiss, Paulo Vilhena, Maria Flor e grande elenco.)



A proposta desta matiné é que seja um programa permanente que acontece ás quartas-feiras, uma vez ao mês, onde o público, após a sessão, é convidado para tomar chá, café, sucos, com bolos e sanduíches e biscoitos diversos.
Curta as fotos da estréia do CHÁ COM CINEMA.



Recepção ao público












Apresentação do Projeto





O FILME














O CHÁ

















A EQUIPE







Fotos e texto : Lauro Monteiro